sexta-feira, 12 de agosto de 2011



Não dava pra acreditar! Estávamos ali dividindo o mesmo quarto, tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes. Já estava deitada há mais de uma hora e não conseguia dormir com o pensamento em você, chorei baixinho e pedi a Deus que tirasse esse sentimento do meu coração.

Quando de repente senti um abraço apertado que fez o meu coração acelerar e achei que ele fosse sair pela boca. Tive medo de estar sonhando ou um medo muito pior que era o de ter certeza que tudo aquilo era real e não resistir e te beijar. Medo de me entregar totalmente a um sentimento tão forte e único na minha vida. E então senti a sua mão deslizar pelo meu rosto e limpar as minhas lagrimas que não paravam de escorrer, tentei olhar pra você, mas com a escuridão do quarto não consegui te ver, mas podia ouvir os seus batimentos cardíacos, senti o seu cheiro e o calor do seu corpo. Naquele momento o que mais queria era me entregar de corpo e alma aquele amor, aquele desejo que há muito tempo sentia, mas que escondia por medo de me machucar, afinal, sabia que era um amor proibido e que jamais poderíamos assumir publicamente o que sentíamos um pelo outro.

Como por encanto esses pensamentos sumiram e você foi chegando cada vez mais perto. Quando sussurrou no meu ouvido “ eu amo você” eu me arrepiei dos pés a cabeça, as minhas mãos procuraram as suas e entrelaçamos os nossos dedos, senti a sua respiração cada vez mais perto e de repente os seus lábios encostaram nos meus. Não pude resistir e acabamos nos beijando. Depois de tanto lutar contra esse sentimento aconteceu o nosso primeiro beijo. Pra mim o meu primeiro beijo envolvendo tantos sentimentos, era um beijo de amor, de paixão, de alegria, de incerteza, de medo e desejo ao mesmo tempo.

Podia sentir o meu corpo queimar quando as suas mãos tocavam cada curva, cada parte do meu corpo. As suas mãos deslizavam de forma tão delicada e ao menos tempo demonstrando tanto desejo que perdi totalmente o controle da minha razão e deixei me envolver completamente pelas emoções que juntos estávamos proporcionando um ao outro. Pela primeira vez não era sexo e sim amor. Pela primeira vez eu me senti uma mulher plenamente feliz e realizada e mesmo sabendo que isso nunca mais irá acontecer as lembranças daquela noite e a certeza da existência de um sentimento tão nobre e recíproco me alegram nos momentos mais tristes, me confortam nos momentos de duvidas e fazem me senti infinitamente feliz por  hoje saber e poder afirmar com toda certeza que o amor existe e que pude vive-lo de forma tão verdadeira e tão intensa.

Nay Luks

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